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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Bruna Lombardi: beleza aos 56 anos

Bruna Lombardi é adepta da ioga há quase 15 anos. Agora, ela está sem muito tempo para a prática, mas quando pode, faz quase todos os dias. Ela também curte caminhada e faz um pouco de musculação. “Há oito meses estou parada por absoluta falta de tempo, mas acredito na memória muscular.” A ioga vai além do cuidado com o corpo. “É uma atividade fantástica, que promove uma conexão de você consigo mesma. Tenho uma rotina urbana agitadíssima, sempre foi assim, parece que é meu destino viver desse modo, então preciso de um contraponto zen”, acredita. Se há uma palavra que une Bruna e ioga, sem dúvida é a delicadeza. “Busco a delicadeza em tudo que faço: no trabalho, nas coisas que escrevo, na relação com as pessoas e com a natureza.”




Sim, ela foi abençoada com olhos verde-azulados, mantém a pele sempre dourada e o cabelo superloiro e sedoso, mas a beleza dela vai além do que podemos ver. Bruna mistura sensualidade, segurança e serenidade. Tudo isso aos 56 anos, 41 anos depois de pisar na passarela, como modelo, pela primeira vez.

Entrevistá-la para falar sobre os cuidados com a aparência foi tarefa árdua. Diferentemente do que se pode pensar, a atriz, escritora, poetisa, roteirista e produtora não tem grandes rituais em relação ao visual e ocupa sua cabeça com questões existenciais como a complexidade do ser humano, a necessária comunhão com a natureza e a generosidade. Se tivéssemos que resumi- la em uma equação, poderíamos arriscar que ela é 30% corpo e 70% alma. Ou seria 20% e 80%?

Num momento especial de sua trajetória, Bruna está sob a luz dos refletores porque assina um filme como roteirista, O Signo da Cidade, em que também atua como atriz. Do tipo trabalhadora incansável, tomou 26 aviões nos últimos 30 dias, por conta da divulgação do longa-metragem, de alguns projetos paralelos e, principalmente, desse vaivém inevitável típico de quem tem histórias e casas em dois países, Estados Unidos (Los Angeles) e Brasil (São Paulo). Mesmo nesse corre- corre, ela entrega para gente o que faz para estar sempre linda.

Música e flores

Feminina e minuciosa, ela é adepta de rituais que beneficiam não apenas a estética mas também o bem-estar. Ama ouvir música, variando o estilo conforme o estado de espírito, e acender incensos pela casa. “Sou ligada em aromaterapia”, diz. As flores também têm um lugar especial na sua vida. Tão especial que ela as cultiva nos seus jardins, tanto de Los Angeles quanto de São Paulo. Além de jardim, as casas têm pomar. Faz arranjos com as flores que colhe diariamente e as frutas são degustadas no pé ou viram geléia.

Beleza interior

“A maneira como o seu homem te olha é fundamental. Se há amor, provavelmente haverá generosidade e aí ele vai achar você bonita, gostosa. Temos que ficar com quem nos enxerga, nos valoriza, nos põe para cima”

Com o marido, Carlos Alberto Riccelli, tem uma relação de cumplicidade, transparência, humor e a maravilhosa combinação de amor e sexo. “Sexo é fundamental, uma das coisas básicas da vida. Envolve comunicação, entrega. Se faz bem para a beleza? Sem dúvida!” Para finalizar a entrevista, uma última pergunta: como é ser bonita a vida toda? “Esse conceito de belo, esteticamente definido e identificado pelo mundo, é um presente que você tem que agradecer, como de qualquer outro atributo que recebe de Deus, da natureza. Mas é preciso batalhar para tornar isso uma coisa melhor... Quer dizer, trabalhar a beleza de dentro para fora. Emanar uma boa energia, querer bem às pessoas, defender a sua qualidade de vida e dos outros, fazer o que você pode para que todos sejam felizes... Enfim, manter a beleza com equilíbrio e espiritualidade.” Uma resposta que é a cara de Bruna!

Na tela do cinema

O Signo da Cidade conta a história de vários indivíduos solitários, ouvintes de um programa de rádio de uma astróloga – vivida por Bruna. “Falamos desses heróis invisíveis que se escondem atrás das janelas de São Paulo, sustentando e criando a força dessa cidade. Gente que oscila entre a solidão e a solidariedade. Escrevo para pessoas e por causa delas. Sou apaixonada pelos seres humanos”, diz. O filme é dirigido por Carlos Alberto Riccelli, marido e sócio da Pulsar Cinema, produtora fundada pelos dois nos anos 90.

Fonte:boaforma.abril.com.br

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