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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Bruna Lombardi "De volta aos holofotes"

Bruna e Riccelli lançam supercomédia popular e ganham prêmio do público. Afinal, como e onde vive essa dupla misteriosa?

Na vida deles tudo está junto e misturado. Casados há mais de 30 anos, Bruna Lombardi e Carlos Alberto Riccelli lançam seu filme mais recente, Onde Está a Felicidade?,programado para estrear no dia 19 de agosto, em meio a um turbilhão de compromissos. Só de olhar já dá para imaginar que a felicidade deles deve estar espalhada por aí, tamanha a azáfama em que vivem. Chegaram, lindos e apressados, para a entrevista em um restaurante do Shopping Cidade Jardim, que fica perto de sua casa em São Paulo. Estão entre os primeiros moradores do Morumbi, onde vivem – mas só quando não estão em sua casa de Los Angeles ou filmando pelo mundo – em meio a árvores e pássaros.
Bruna escreveu o roteiro do filme, que mostra uma mulher em crise após descobrir uma traição virtual do marido e perder o emprego; Riccelli dirigiu, fez a parte do “capitão do navio”; e o filho deles, Kim, nascido em dezembro de 1981, foi assistente de direção. “Formamos uma superequipe criativa”, diz Bruna. Filmado na Espanha, no Caminho de Santiago de Compostela, no Piauí e em estúdios, o filme é uma comédia popular. Apresentado no Festival de Cinema de Paulínia, no começo de julho, ganhou o prêmio do público e foi aplaudido em cena aberta oito vezes durante a exibição.
Da trilha sonora, com várias músicas compostas por Riccelli e cantadas por figurões como Gilberto Gil, Adriana Calcanhoto e Arnaldo Antunes, até o elenco, que tem atores talentosos como Dan Stulbach em pontas que duram menos de um minuto, a equipe envolvida na produção é de primeira qualidade. Como fazer para reunir tanta gente ocupada? A única explicação possível é carisma e profissionalismo. Marcello Airoldi, um ator que ganhou fama como o conquistador trapalhão Gustavo da novela Viver a Vida, interpreta Zeca, um diretor de TV ambicioso e também meio bobão que viaja com a personagem de Bruna, chamada Teo, para a Espanha. “Eu ainda estava gravando a novela no Rio quando filmamos, então eles armaram um esquema muito profissional e competente”, diz o ator, que quando embarcava para a Espanha era o último a entrar no avião, já que a produção mandava alguém na frente para fazer o check in por ele.
Geórgia Costa Araújo, produtora da comédia e dona da Coração da Selva, que já havia trabalhado com eles no filme O Signo da Cidade, faz coro com Airoldi. “Eles são muito sérios, trabalhadores e talentosos.”
Bruna e Riccelli traçaram uma trajetória muito original e própria no show business nacional. Bonitos e assediados por canais de TV, fizeram trabalhos marcantes em novelas e minisséries, mas sempre tiveram outros projetos em paralelo. A produtora Pulsar, deles, criou o programa de entrevistas Gente de Expressão, que conseguiu a façanha de entrevistar personalidades como Dustin Hoffmann e Jim Carrey, entre outros. E Bruna, como se não bastasse, também é poeta e escreveu um tocante relato das gravações da minissérie Grande Sertão: Veredas, em que interpretou Diadorim. Além de fazer filmes, criar um filho e fazer programas de TV, Bruna e Riccelli ainda encontram tempo para plantar árvores, construir casas e até preparar geleias com as frutas que colhem em seus jardins. Confira a entrevista que concederam a eh! durante um almoço em que comeram como passarinhos, mas com muito gosto, ela um salmão, ele um frango grelhado, ambos acompanhados de saladas e batatas.



eh! Morumbi Bruna escreve e atua, Riccelli dirige, Kim é assistente de direção… Como é essa intensa vida juntos, na vida e no trabalho?
Carlos Alberto Riccelli – Trabalhamos juntos em teatro e, na TV, fizemos Gente de Expressão durante dez anos. Viajávamos pelo mundo os três e contratávamos uma equipe local. Funcionava muito bem, um ajuda o outro…
eh! – Tem um que lida melhor com questões práticas, outro é mais o artista?
Bruna Lombardi – É bem dividido. Eu lido com roteiro, preparação, coloco a ideia no papel. Durante o processo, divido com eles conceitos, pensamentos e tal, mas aquela mão de obra brutal que é escrever um roteiro é minha.

eh! – E os negócios? Quem capta o dinheiro para as produções?
Riccelli – Bruna é a cabeça também.
Bruna – Eu e a minha sócia, a Geórgia, trabalhamos mais nesta parte da
produção administrativa. O Ri tem o trabalho de diretor.
Riccelli – O segredo de um bom filme é a preparação. Na hora de filmar, você tem uma equipe muito grande, tem um manuseio gigante, é a hora em que não pode errar, tudo precisar estar previsto.
Bruna –É um filme de estrada, ontheroad, envolveu dois países, várias cidades. Ele é o capitão do navio, se divide em muitas tarefas, em todos os departamentos, escolhe fornecedores, locações, enfim, tudo converge para o diretor, porque precisa ter uma pessoa capitaneando. É muito pesado. Cada pessoa é fundamental, o filme não é um trabalho isolado, se transforma na hora em que cada um vai criar a sua parte. O Ri é bom nisso, ele consegue extrair o melhor de cada um. Ele tem um jeito calmo, consegue manter uma serenidade, uma relação amorosa no set. O pessoal fica feliz, eles rendem muito. É um set sem grito.
Riccelli – Adoro ouvir todos, eles se sentem contribuindo, sabem que podem dar ideias, e se eu não concordo, acho que não são pertinentes para o momento, eles sabem receber um não. É uma maravilha, se o cara sente que não é ouvido, fica desmotivado.
Bruna – Todos trabalham apaixonadamente, até o cabo man, nunca ele grita, nuncalevanta a voz, é um ambiente muito saudável e feliz. É difícil conseguir, já trabalhei em muitos sets, não é fácil. E sempre surgem imprevistos.
eh! – Mas, com esta democracia toda, não tem um momento em que sai do controle?
Riccelli – Não acontece. As decisões tem que ser muito rápidas, a gente está sempre correndo atrás do tempo. Quando chegamos à locação, sabemos que o ator estará maquiado às sete e meia, e temos de estar prontos para filmar.
Bruna – Sete da manhã é eufemismo dele, porque é cinco da manhã, está mentindo para você, fingindo que é às sete. Os atores chegam às cinco da matina, acordam às 4h30, esta é a verdade.
Riccelli – Tem todos os assistentes de produção que ficam em cima do cabeleireiro, da maquiadora, mais 15 minutos, hein? Cobrando, cobrando, porque tem que entrar no set em determinada hora, aí, se aparece alguma coisa fora do previsto tem que ser rápido. Você sabe que precisa terminar a cena até determinada hora e depois fazer a próxima, porque alguns atores só estão disponíveis naquele dia e horário, estão filmando ou gravando também em outro lugar.
eh! – E se acontece um imprevisto?
Riccelli – Nessa hora é bom ter muitas ideias, para escolher a melhor. Mas jamais se discute a autoridade do diretor, jamais, é uma coisa que vem com o metiertodo. É claro que se eles respeitam o diretor, têm carinho e amizade, fazem tudo para que a coisa funcione da melhor forma possível. A logística era muito complicada. Tínhamos duas bases, em La Coruna, e Santiago. Era um comboio, uma caravana gigante, mais de 300 pessoas, mais equipamentos e figurinos.

Bruna – A gente luta pela excelência no nosso trabalho, em tudo, e o resultado está na tela, é um filmecom um visual raro de se ver.
eh! – O cuidado com o visual do filme é realmente um destaque…
Bruna – As pessoas aplaudiram em cena aberta em Paulínia oito vezes, é pela excelência, as pessoas viram o quanto o filme buscou o melhor: as paisagens mais deslumbrantes, as cenas mais engraçadas, o elenco mais talentoso.
Riccelli – A Bruna pensou desde sempre que o visual deveria ser muito colorido. Tínhamos feito um filme mais sombrio, queríamos fazer algo mais luminoso e colorido, isso se reflete em toda a direção de arte, nos figurinos, nos locais e na fotografia dos lugares.
Bruna – O Ri é muito bom para narrativa, excepcional, ele conhece ritmo. Ele é um maestro, um bom diretor tem de ser um maestro, ele sabe onde ralentar, onde correr, ele tem estamúsica. E os atores são ótimos, não só os brasileiroscomo os espanhóis. São estrelas de altíssimo nível.

eh! – Como vocês conseguiram reunir atores tão bons?
Bruna – Bons papéis!
Riccelli –Todos os que participam do jantar inicial (cena com DanStulbach ,Luis Miranda, Fernando Alves Pinto e Sandra Corveloni, entre outros) são amigos que conhecem o nosso trabalho.
Bruna – Foi uma participação amorosa. Eu adoro ator, amo, sou apaixonada. O bom ator sabe que não existem papéis grandes ou pequenos, existe o bom e o que não traz nada, não tem nada para fazer.Tenho uma filosofia muito clara que vem desde o primeiro filme. O Signo da Cidade é um exemplo, tem participações brilhantes, não tem uma pessoa que entre no filme, seja numa ponta ou num trabalho mais longo, que não brilhe. Todas as falas são pensadas para que quem atua tenha seu momento de glória, mesmo que seja efêmero. Ninguém entra à toa. Em Onde Está a Felicidade? tem uma atriz espanhola que gravou no meio da madrugada, em Santiago de Compostela, quase a zero graus, para dizer apenas uma fala: “Mostra, mostra!”, mais nada. E, só com isso, a plateia gargalhou.
eh! – Vocês vivem parte do ano em Los Angeles e parte no Brasil?
Bruna – Eu sou cigana no mundo, vivo viajando, mas somos muito unidos, eu, o Ri e o Kim, temos cabeça e valores parecidos, gostamos das mesmas coisas. Cada um tem sua opinião, às vezes até discutimos, mas acabamos indo para um lugar que é ótimo. Eu acho que a gente faz um supertime criativo, e esse time, não importa onde ele esteja, seja em São Paulo, no Piauí ou em Marrakesh, nós vamos levando a nossa criação juntos, este é o básico da nossa união. Fora o amor, né?
eh! – A casa base de vocês é onde?
Riccelli – É aqui, no Morumbi. Sempre foi, somos os primeiros moradores do bairro e continuamos morando no mesmo lugar. Não temos uma regra para ficar aqui ou lá, eu até gostaria de só passar verões, sem invernos. Mas às vezes, pelo trabalho, a gente só passa inverno.

Bruna – O dia a dia é sempre muito diferente, a gente não consegue ter uma rotina. Temos muitos projetos sempre, não só de cinema como de casas, a gente constrói, fazemos um monte de coisas. Plantamos no nosso jardim, escolhemos pessoalmente as árvores, não somos daquele tipo que liga e manda trazer. Somos pessoais no que fazemos, seja para comprar o que for, assuntos de trabalho, na entrevista. Nunca na minha vida nada vai no piloto automático, tudo é de verdade. Gostamos de pessoas, somos curiosos, lemos muito, vamos ao cinema e ao teatro ver os colegas que a gente ama. Temos uma vida, mas corremos muito para cumprir nossa agenda. Não dá tempo para mais nada. A televisão chama e a gente não consegue, eu adoro televisão, as pessoas pensam que sou contra, de jeito nenhum, fiz grandes trabalhos dos quais me orgulho. E o Ri está aí, com Vale Tudo (que estava sendo exibida com recordes de audiência no canal Viva até meados de julho), arrebentando a boca do balão em uma grande novela, e ele está maravilhoso.


eh! – Qual é a prioridade de vocês?
Bruna – O filho é prioridade absoluta! O Kim fica dez casas na frente. Depois passa uma, passadez, vem o resto. Pelo Kim eu paro tudo, não quero saber de nada, e sempre fui assim. Claro, tem gente que prioriza a carreira, cada um faz o que deve. Eu sempre priorizei minha vida pessoal, a família. Se você olhar a minha trajetória, vai ver isso. Deixei de fazer trabalhos por meu filho, coloco nós e a vida em primeiro lugar. Depois, claro, para preencher essa vida com tudo o que agente ama, entram o trabalho, a saúde, qualidade de vida, jardim, casa, plantação, animais, que eu amo, pego na rua e ponho dentro de casa. Temos árvores que dão frutas, tiramos e fazemos geleias em casa, é essa a nossa vida, tem tudo isso junto. E os amigos, queridos, com quem eu estou sempre meio em falta.
eh! – Em uma cena do filme, o Zeca faz uma confusão tentando explicar a um espanhol, no banheiro, em seu portunhol selvagem, que não é gay. Os colegas de Nando, que são comentaristas de futebol, também têm tiradas engraçadas. De onde você tirou a inspiração para estes diálogos tão engraçados e masculinos?
Bruna –Eu não entendo nada de futebol, nada. Me oriento pelo personagem, pela observação. O humor que eu gosto de fazeré o de observação, não aquele de grosseria. É gostoso, as pessoas se identificam e rolam de rir, é isso que eu gosto.
eh! – É um olhar carinhoso…
Bruna – É amoroso. Eu amo as pessoas, como é que eu vou ridicularizar? O Ri sabe o quanto eu amo gente.
eh! – Mesmo o Zeca, que é um pouco malandro, tem uma ingenuidade…
Bruna – Eu queria mostrar uma mulher em crise e num cara ambicioso com o rei na barriga.
Riccelli – Uma mulher que quer olhar para dentro, e um cara que quer olhar para fora.
Bruna – É isso Ri!
Riccelli – Ele não tem a menor interiorização. Só pensa: vou ficar milionário,
Bruna – Ele é o cara que diz: “Não importam os fatos, e sim a versão dos fatos”. Você falou uma coisa que eu nunca tinha pensado, ela quer olhar para dentro e ele quer olhar para fora. Muito legal.
Riccelli – É por isso que a viagem funciona, a outra menina também não está interessada em se espiritualizar. É uma pergunta do filme: se espiritualizar num templo budista no Nepal, OK. Mas se espiritualizar no meio do caos urbano em que a gente vive, com a pressão do chefe, o filho na escola, as milhões de coisas que qualquer mulher tem que fazer todo dia? É com isso que todo mundo se identifica, porque o filme fala para as mulheres e para os homens, inclusive mostra esta divisão entre feminino e masculino, as diferenças. O Nando representa os homens, com seu jeito de ser. Os dois estão em transformação.
eh! – E nada melhor que o caminho de Santiago para cenário dessa transformação…
Bruna – Eu tinha paixão pelo caminho, sempre quis fazer. O Ri falou uma coisa muito linda, dedicou a exibição de Paulínia a todos os peregrinos. Todos nós somos peregrinos de algum caminho, no dia a dia, mesmo que seja na Avenida 9 de Julho. Nosso dia a dia é uma jornada.
Eh! – Vocês fizeram o caminho antes de começar o projeto?
Bruna – Fui conhecer quando já estava escrevendo, fizemos só uma etapa. Durante o filme, acabamos fazendo tantas vezes, de tantos jeitos, que fizemos trocentos caminhos, o filme em si é uma enorme peregrinação. Foi ficando cada vez maior.
eh! – São peregrinos em busca da felicidade…
Bruna – É uma coisa linda: a gente pegou um tema que está na alma de todo mundo. Todos querem ser felizes.Eu quero fazer as pessoasrirem. Em O Signo da Cidade, que é mais intenso e emotivo, as pessoas choram. Aí eu decidi: vou fazer o equilíbrio do universo. Vou fazer as pessoas saírem bem do cinema. A sessão de Paulínia foi ótima, não esperava isso, tinha uma fila que dava voltas, sessão extra à meia-noite. As pessoas unanimemente falavam: “Nossa, saí do filme tão feliz”. Sabe a sensação de dever cumprido? Queria que saíssem mais felizes do que entraram. Consegui. Isso é tudo para mim.
eh! – Todos que assistem ao filme comentam que você está linda. Qual é a fórmula?
Bruna – Estou gostando de ouvir, né? (risos). Olha, agradeço esse olhar, mas eu me olho como personagem. A beleza não era fundamental. O importante era ela mostrar aquela crise. Ela está perdida, em desespero ponto com, então é um personagem difícil de fazer. Ela me enlouqueceu bastante. A Teo me deixava tão louca, eu e a maquiadora, que a gente não conseguia fechar as malas. Eu dizia: “Preciso tirar a Teo deste quarto”. Em alguns momentos você mergulha num oceano de emoções, a personagem é uma montanha-russa, e eu só sei fazer mergulhando de cabeça. Entro com tudo. Mergulho. Quem conhece a minha carreira sabe: vai olhar o Diadorim, mergulhou; Memórias de Gigolô, Avenida Paulista… São trabalhos que considero bons na televisão.
eh! – E você também é uma montanha-russa?
Bruna – Sou. Tento controlar, administrar, mas sou. Não acho ruim, a emoção é boa, a vida é bela porque ela emociona, a gente não tem que cortar as emoções, tem que viver. Buscar mais leveza, ser serena e zen no dia a dia. Até para administrar tanta diversidade. Eu acredito na emoção como um farol, algo que conduz.

eh! – Isso transparece no que você escreve.
Bruna – A emoção, os sentimentos e a humanidade são a matéria-prima do artista. É com isso que ele tece a trama dele na vida. Esse é nosso trabalho. Tudo o que eu já fiz hoje está na internet, pessoas que eu nunca conhecerei estão lá publicando, trocando e curtindo minhas poesias. Assim como outras pessoas que escreveram fizeram este efeito em mim, eu estou fazendo para os próximos. Assim como as árvores. Quando eu estou à beira de uma árvore maravilhosa, frondosa, uma mangueira linda, penso que alguém plantou aquela árvore para a gente. Hoje elas estão gigantes e lindas porque antes alguém pensou no futuro desconhecido, em plantar para os que virão. Para não quebrar essa corrente, é preciso plantar para os que virão, então eu planto centenas de árvores. A nossa paixão é plantar. Eu quero São Paulo mais verde, luto por isso. A cidade é muito carente, precisa de verde. Eu também luto pelos animais abandonados, acho que é uma causa que todos deveriam abraçar, adotar um animal, seria muito lindo a gente compensar o ar carregado de poluição e de trabalho com oxigênio, árvore, verde. O ar não é para rico ou pobre respirar.
eh! – Vocês plantam árvores onde?
Riccelli – Aqui em São Paulo (temos um jardim grande), na nossa casa em Trancoso.

Bruna – E também na minha rua inteira, na dos outros, não estou nem aí onde eu planto, ninguém fala não para uma árvore. Eu falo: “Posso plantar aqui neste cantinho, tem uma terrinha boa?” “Pode”. Eu posso. Em Trancoso, na Bahia, temos um sítio cheio de mata nativa que nós nunca desmatamos, natural. Tem macacaquinho, tem fauna e flora da melhor qualidade.


Onde Está a Felicidade? é um filme colorido, alegre e descomplicado. Em vez de conselhos típicos de auto-ajuda ou pensatas filosóficas cheias de ceticismo, Bruna Lombardi escolhe um caminho mais divertido e repleto de piadas, mas nem por isso menos carinhoso com seus personagens. Teo, interpretada por ela, é uma chef de cozinha que apresenta um programa de TV com receitas afrodisíacas. Casada com Nando (Bruno Garcia), ela descobre uma traição virtual do marido, perde o emprego e decide, a conselho de sua maquiadora, Aura (numa interpretação hilária da atriz espanhola MaríaPujalte), fazer o Caminho de Santiago de Compostela. Encontra a sobrinha de Aura, Milena (Marta Larralde, do grupo de teatro La Fura delsBaus) e as duas seguem, junto com o diretor de TV Zeca (Marcello Airoldi), para a peregrinação. O filme tem participações especiais dos humoristas Marcelo Adnet e Dani Calabresa, Luis Miranda e WandiDoratiotto, entre vários outros.



Marcello Airoldi foi convidado por Bruna e Riccelli para fazer uma leitura do roteiro do filme, mas ainda não tinha ideia de qual personagem iria interpretar. “Eu ria muito na leitura, fiquei apaixonado pelo Zeca, é uma figura fantástica”, diz. Quando Riccelli telefonou ao ator para contar o resultado do teste, fez suspense antes de anunciar que ele faria o diretor de TV.Airoldi, que vai fazer um dos personagens centrais da próxima novela da seis na Rede Globo, chamada A Vida da Gente, afirma que todos os diálogos engraçados que protagoniza vieram prontos no roteiro de Bruna. “Ela escreveu cada pedacinho, é tudo muito preciso, cada palavra cabe na boca do personagem”.



Fonte:ehsaopaulo






















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