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sábado, 13 de março de 2010

Bruna Lombardi: Eterna musa

Linda aos 55 anos, a atriz lança ‘O Signo da Cidade’, filme escrito e estrelado por ela e dirigido pelo marido, Carlos Alberto Ricelli










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Rio - Em 1991, quando se mudou com o marido, Carlos Alberto Ricelli, e o filho, Kim, para os Estados Unidos, Bruna Lombardi, então requisitada estrela de TV, ouviu de muita gente que seria logo esquecida. Mais preocupada em se “expressar” e curtir a família do que apenas ser famosa, a atriz foi para Los Angeles. Veio raras vezes ao Brasil a trabalho, mas não saiu da memória dos fãs. De volta para lançar ‘O Signo da Cidade’, seu segundo filme como roteirista, e o segundo dirigido por Ricelli, a musa atrai olhares por onde passa. Pudera, aos 55 anos, ela continua linda. E modesta quando o assunto é beleza.

“Agradeço todos os elogios e o carinho, mas acho que recebo mais do que mereço”, diz Bruna, que mantém a forma com ioga e musculação, mas sem paranóia. “Quando posso, gosto de me cuidar, como qualquer mulher. Mas a verdade é que não tenho tempo de olhar para mim, porque olho muito para os outros”, afirma a atriz, escritora (tem seis livros de poesia e um romance lançados) e roteirista.

Foi observando os outros, aliás, que Bruna escreveu o roteiro de ‘O Signo da Cidade’. Com estréia marcada para dia 8 no Rio, o filme costura histórias de pessoas comuns, moradoras de São Paulo, mas cujos dramas podem ser encontrados em qualquer metrópole. Bruna interpreta Teca, uma astróloga que distribui conselhos em um programa de rádio. “Escrevi a Teca pra mim, que eu não sou boba. Mas o louco é que na hora de fazer, eu não sabia nada, era como se estivesse lendo pela primeira vez”, ri a atriz.

Com extenso elenco, que junta atores experientes — como Juca de Oliveira, Eva Wilma, Denise Fraga, Graziella Moretto e Luis Miranda — e estreantes em cinema — caso de Malvino Salvador e Kim Ricelli —, o longa vem provocando reações entusiasmadas por onde passa. Além do roteiro-coral, à Robert Altman, a idéia de que a solidariedade pode ser o antídoto para a solidão desses seres urbanos apresentada na tela tem deixado boa impressão no público.

“Este filme nasceu da vontade de falar de gente, desses heróis anônimos que estão pela cidade e ninguém vê”, observa Bruna, que tem outros dois motivos para se orgulhar do filme. Compostas por ela para a trilha de ‘O Signo da Cidade’, as canções ‘Sorte’ e ‘Sozinho na Cidade’ foram gravadas por Caetano Veloso e Maria Bethânia, respectivamente. “Dá para acreditar numa coisa dessas? Nunca imaginei que isso pudesse acontecer comigo um dia. É por isso que eu digo: o mundo é mágico e misterioso”, agradece a musa.

‘NO SET NÃO TEM FAMÍLIA’

Bruna é toda orgulho ao falar da estréia de Kim como ator. Ele interpreta Gabriel, um rapaz sensível, que cuida da mãe doente e quase perde o rumo quando pensa que fracassou. “Kim está maravilhosamente bem”, derrete-se a atriz, fazendo uma ressalva: “No set não tem família. Quer dizer, tem uma só grande família de 300 pessoas unidésimas, lutando pelo mesmo sonho”.

Em ‘O Signo da Cidade’, o moço de 26 anos acumula a função de diretor-assistente, que já tinha desempenhado ao lado do pai, na produção americana ‘Stress, Orgasm and Salvation’. Ricelli também elogia o rebento. “Foi uma troca boa. Durante a filmagem, ouvi muito as opiniões dele. E como ator, ele ‘veste’ bem o personagem”, diz Ricelli. Para Kim, que estudou teatro e também é músico, a estréia foi tranqüila: “Eu e meus pais temos muita sintonia.”
Fonte:odia.terra.com.br

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